Angola lança próxima ronda de licenciamento até ao final de 2025
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A próxima ronda de licenciamento representa a última ronda de licitação no âmbito da estratégia de licenciamento plurianual do país - lançada em 2019 com o objetivo de atribuir 50 concessões angolanas. Oferecendo blocos em bacias de hidrocarbonetos comprovados, espera-se que a ronda estimule a exploração à medida que o país se esforça por fazer face ao declínio da produção.
“Temos como meta alcançar um milhão de barris por dia já no próximo ano. Embora tenhamos muitas actividades e desenvolvimentos em curso, somos um país com poços maduros. A nossa solução é procurar novos depósitos. Onshore e offshore, temos assistido a um crescimento da exploração em novos blocos. A estratégia plurianual termina este ano, com mais uma ronda prevista. A ronda de 2025 será lançada até ao último trimestre do ano”, afirmou o Ministro.
A ronda coincide com a estratégia do Governo de atrair investimento em bacias activas e emergentes. Esta abordagem é complementada pelo regime de oferta permanente e pela legislação para o desenvolvimento de campos marginais, que oferecem condições específicas para activos de menor escala ou não desenvolvidos.
Segundo o titular da pasta dos Recursos Minerais, “temos legislação para os campos marginais. Outro programa que está a avançar é o das bacias interiores. Continuamos com uma estratégia flexível, onde os investidores podem aproveitar blocos.”
Estas reformas têm vindo não só a atrair novos investimentos, como também a estimular reinvestimentos de operadores já presentes no mercado. “Quando decidimos criar mudanças legislativas, convidámos o sector privado a participar. Isto demonstra o nosso espírito de cooperação, para criarmos mecanismos de benefício mútuo. O processo de reforma não terminou; continuamos a trabalhar no aperfeiçoamento da legislação, da implementação e da regulação”, acrescentou.
Para além das parcerias internacionais, Angola procura reforçar a participação local no setor. O Ministro Diamantino Azevedo destacou o papel das empresas nacionais, sublinhando a necessidade de colocar os empreendedores angolanos na linha da frente do crescimento do sector.
“Queremos ver mais angolanos a participar na indústria. Queremos também que as empresas nacionais estejam mais activas no crescimento económico. Pretendemos aprovar legislação que apoie esse objectivo.”