Presidente angolano reafirma o seu empenhamento no crescimento da produção
)
Para apoiar a produção, o governo está a preparar-se para lançar a próxima ronda da sua estratégia de licenciamento plurianual no primeiro trimestre de 2025. Oferecendo 9 blocos para exploração, a ronda segue-se à conclusão de um concurso de 2023 no início de 2024, que garantiu mais de 53 propostas de empresas. A estratégia alinha-se com os objectivos nacionais para fazer face ao declínio da produção.
"O nosso principal foco é o aumento da taxa de substituição de reservas e a materialização de oportunidades para garantir a manutenção de níveis de produção acima de um milhão de bpd. Disponibilizámos 12 blocos nas bacias terrestres do Baixo Congo e do Kwanza, tendo seis blocos sido adjudicados através de concurso público", afirmou o Presidente João Lourenço.
Entretanto, com o petróleo a representar 29% do PIB e 95% das exportações, o governo angolano pretende reduzir a dependência do crude, aumentando a quota do gás natural para 25% do cabaz energético até 2025. Para apoiar a utilização do gás em aplicações eléctricas e industriais, o país está a incentivar o investimento em projectos de gás a montante. Os principais projectos incluem o projeto Quilumba e Maboqueiro - que atingiu a FID em 2022 - e a fase 2 do projeto Falcão.
"O Projeto Falcão vai permitir-nos atingir o nosso objetivo de criar uma indústria de gás, fornecendo gás à futura fábrica de amoníaco e ureia que está a ser construída no Soyo. Além disso, estamos a concluir a instalação de uma plataforma de gás no Bloco 0, que enviará 420 milhões de pés cúbicos de gás natural por dia para a fábrica da Angola LNG", acrescentou o Presidente João Lourenço.
No sector a jusante, o Programa de Desenvolvimento e Consolidação do Setor do Petróleo e do Gás define objectivos claros para aumentar a capacidade de refinação nacional. Para o efeito, estão em curso vários projectos. Segundo o Presidente João Lourenço, "a Refinaria de Cabinda deverá arrancar em 2025, operando e refinando cerca de 30.000 bpd na primeira fase até atingir 60.000 bpd quando a segunda fase estiver concluída. Estão em curso as obras da Refinaria do Lobito, a maior do país, concebida para refinar 200.000 bpd".
Com o aumento da capacidade de refinação, o país está a investir correspondentemente em projectos de infra-estruturas que aumentam a capacidade de armazenamento. Entre os principais projectos, destaca-se o Terminal Oceânico da Barra do Dande. Com conclusão prevista para 2025, o terminal terá uma capacidade de armazenamento de 582.000 metros cúbicos de vários combustíveis. Além disso, Angola está a modernizar os terminais marítimos de Cabinda, Lobito e Namibe.