Numa entrevista exclusiva durante o Angola Oil & Gas 2024, Hombo disse que Angola continua a renovar as políticas, a introduzir novas rondas de licenciamento e a iniciar negociações diretas com os investidores para explorar as perspectivas e estimular os investimentos na indústria do petróleo e do gás.

"Tínhamos um plano agressivo para atribuir mais de 50 concessões em seis anos, com 30 concessões atribuídas até agora em quatro rondas de licitação", afirmou Hombo, acrescentando: "Neste momento, ainda temos muitas oportunidades, num total de trinta; seis em terra, 11 em ofertas permanentes e nove em rondas de licitação e, pela primeira vez, temos oportunidades marginais disponíveis".

Hombo disse que a ANPG está a oferecer termos contratuais flexíveis, co-definindo termos fiscais e contratuais com as empresas de petróleo e gás para chegar à sua taxa desejada de retorno sobre os investimentos para o capital injetado.

A declaração de Hombo surge numa altura em que empresas globais como a Chevron, a TotalEnergies e a ExxonMobil anunciaram novos investimentos em Angola para desenvolver projectos de grande escala, incluindo a iniciativa Cameia e Golfinho, no valor de 6 mil milhões de dólares, a otimização do Bloco 0, bem como os desenvolvimentos dos blocos 49 e 50.

"Além disso, temos um processo de adjudicação simplificado em que estamos a acelerar a adjudicação de contratos. No que diz respeito à estabilidade contratual, não há muitos países em África que possam garantir o que Angola oferece aos parceiros de petróleo e gás", reiterou Hombo.