Num contexto de investimento crescente em toda a cadeia de valor do petróleo e gás angolano, o Governador do Banco Nacional de Angola, Manuel Tiago Dias, juntou-se à conferência Angola Oil & Gas (AOG) - a decorrer nos dias 2 e 3 de outubro em Luanda - como orador. Durante o evento, Dias deverá delinear as actuais estratégias em vigor para reforçar o ambiente empresarial angolano, bem como abordar desafios como os relativos ao câmbio.

Nos últimos anos, Angola deu prioridade ao estabelecimento de um ambiente favorável aos investidores estrangeiros e os resultados já estão a aparecer. Prevê-se um pipeline de investimento de até 60 mil milhões de dólares em toda a indústria de petróleo e gás a montante do país nos próximos cinco anos, com o reforço das finanças públicas e regulamentos competitivos a apoiar as despesas de capital. Na AOG 2024, Dias partilhará a sua visão sobre estas medidas e o papel da política monetária, do câmbio e da estabilidade financeira no crescimento e rentabilidade do sector energético angolano. 

A AOG é o maior evento de petróleo e gás em Angola. Realizado com o total apoio do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás; da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis; do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo; da empresa petrolífera nacional Sonangol; e da Câmara Africana de Energia; o evento é uma plataforma para a assinatura de acordos e para o avanço da indústria angolana de petróleo e gás. Para patrocinar ou participar como delegado, por favor contacte [email protected].

Prevê-se que o crescimento económico de Angola atinja 3,7% em 2028, impulsionado em grande parte por novos projectos de petróleo e gás, juntamente com o crescimento de sectores não relacionados com hidrocarbonetos. Prevê-se que os esforços para acelerar o ritmo de exploração e produção conduzam ao lançamento de novos projectos, estimulem a produção nacional de petróleo bruto e gerem maiores receitas para o país. Os principais projectos incluem a refinaria de petróleo de Cabinda e o projeto de ligação de gás de Sanha Lean, ambos com início previsto para 2024; o Agogo Integrated West Hub Development, com início em 2026; e o Kaminho Deepwater Project, com início de produção em 2028. A ronda de licitação de 2025 do país - lançada no primeiro trimestre e que inclui nove blocos abertos à exploração - irá ampliar o investimento em todo o sector dos hidrocarbonetos, apoiando o crescimento económico a longo prazo.

Para atrair o investimento nos sectores a montante e a jusante, Angola implementou uma série de políticas pró-activas que melhoraram o ambiente operacional para as empresas de energia. Estas incluem a adesão à Iniciativa de Transparência das Indústrias Extractivas em 2022; a implementação de um programa de privatização para reforçar a competitividade das empresas públicas, incluindo a empresa petrolífera nacional Sonangol; e a alteração do regime fiscal e a introdução de condições fiscais mais atractivas. Além disso, o banco central introduziu uma plataforma eletrónica de transacções cambiais para melhorar a eficiência e a transparência do mercado cambial. A moeda estrangeira representa um dos maiores desafios que afectam o desenvolvimento de projectos em Angola, e a nova plataforma visa reforçar a clareza dos procedimentos e a disponibilidade de capital. 

Durante o AOG 2024, Dias discutirá o impacto da política monetária do banco central no mercado de petróleo e gás de Angola e no espetro económico mais amplo. Sendo o maior evento do género no país, o AOG 2024 decorre sob o tema "Impulsionar a Exploração e Produção para o Aumento da Produção em Angola", integrando conversas em torno da dinâmica do mercado do petróleo e do gás e das oportunidades económicas associadas. Ainda há tempo para participar no evento deste ano. Visite www.angolaoilandgas.com para mais informações.