Em toda a cadeia de valor do petróleo e do gás, espera-se que a procura de serviços de perfuração e de campos petrolíferos, engenharia de pormenor, aprovisionamento, construção técnica e pré-fabricação e montagem aumente exponencialmente. Como parte da sua ronda de licenciamento de seis anos, Angola lançará uma ronda de licitações para 2025 no primeiro trimestre do próximo ano, oferecendo dez blocos para exploração nas bacias do Kwanza e de Benguela. Em conjunto com os blocos atribuídos no âmbito da ronda de 2023, prevê-se que este concurso impulsione as actividades de perfuração e avaliação a montante, com uma grande quantidade de contratos de serviços conexos no horizonte. 

A AOG é o maior evento de petróleo e gás em Angola. Realizado com o total apoio do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás; da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis; do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo; da empresa petrolífera nacional Sonangol; e da Câmara Africana de Energia; o evento é uma plataforma para a assinatura de acordos e para o avanço da indústria angolana de petróleo e gás. Para patrocinar ou participar como delegado, por favor contacte [email protected].

Para apoiar os esforços no sentido de manter a produção acima de um milhão de barris para além de 2027, Angola tem vindo a promover o investimento em projectos de upstream, estando prevista a entrada em funcionamento de vários deles nos próximos anos. Durante o período de 2022-2027, prevê-se que a indústria upstream do país cresça 1,5%, com projectos como o desenvolvimento de petróleo convencional Begonia no Bloco 17/06, que deverá iniciar as operações no final de 2024; o desenvolvimento integrado Agogo West Hub no Bloco 15/06, que entrará em funcionamento no final de 2025; e a produção dos campos Quiluma e Maboqueiro do Novo Consórcio de Gás, prevista para 2026. Em todos estes e outros desenvolvimentos, os prestadores de serviços estão a fazer avançar os projectos.

Nomeadamente, o prestador de serviços marítimos angolano OCTOMAR criou uma empresa comum (JV) com o prestador de serviços logísticos angolano Cabship para estabelecer uma empresa de mergulho e de apoio marítimo offshore na Zona Económica Especial de Cabinda. A JV oferece serviços de apoio marítimo submarino e offshore em projectos de águas rasas e profundas. O prestador de serviços angolano Kaeso Energy Services, com mais de 60 anos de experiência no mercado angolano, concentra-se em ferramentas de fundo de poço, gestão de activos, serviços de manutenção e consultoria. Em janeiro de 2024, a empresa - através da sua parceria com a Tubostrans - era o único consórcio local a prestar serviços de limpeza de poços a grandes operadores no país. Adicionalmente, a Sonadrill - uma JV Sonangol-Seadrill - assegurou um contrato de $327 milhões em 2022 para perfurar 12 poços durante um período de 25 meses - terminando no final de 2024.

A jusante, os prestadores de serviços angolanos continuam a apoiar a monetização, o processamento e a distribuição dos recursos angolanos de petróleo e gás. A empresa angolana de consultoria e aprovisionamento Brimont, por exemplo, opera três instalações logísticas em Angola. A empresa também registou entregas de produtos químicos superiores a 300 000 litros em janeiro de 2024 e garantiu um contrato em 2021 para a aquisição de especialidades químicas para os blocos operados pela Sonangol. A empresa angolana de abastecimento de combustível FAMAR PSC pretende posicionar o país como um centro de abastecimento de combustível e está a expandir a sua frota de navios, ao mesmo tempo que moderniza as infra-estruturas portuárias em Angola. Apesar destes esforços, existem barreiras à entrada de prestadores de serviços locais angolanos, especificamente relacionadas com o financiamento, a entrada no mercado e a regulamentação.

O painel de discussão do AOG 2024 visa abordar diretamente os desafios enfrentados pelos prestadores de serviços angolanos. Representando várias instituições financeiras, os oradores examinarão os métodos de navegação no panorama regulamentar angolano, a forma como as empresas podem tirar partido de mecanismos de financiamento inovadores e estratégias para aumentar a competitividade no sector do petróleo e do gás em Angola.