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04 de setembro de 2025

ANPG apresenta estratégia de exploração assente em três pilares na AOG 2025

ANPG apresenta estratégia de exploração assente em três pilares na AOG 2025
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) apresentou a sua estratégia de três pilares para travar o declínio da produção em Angola, durante uma sessão patrocinada pela SLB na Conferência e Exposição Angola Oil & Gas (AOG) 2025. A abordagem centra-se no reinvestimento em campos maduros, no investimento em blocos de exploração e na diversificação dos portfólios de produção.

“O primeiro pilar da nossa estratégia é olhar para as reservas actuais de forma a sustentar a produção. O segundo é atrair investimento para o país através das rondas anuais de licitação e negociações directas. Isto permite-nos planear com antecedência e definir onde vamos investir. O terceiro pilar é apresentar não apenas um, mas portfólios de exploração equilibrados aos investidores – do offshore profundo ao raso, passando pelo onshore”, explicou Lúmen Sebastião, Director de Exploração da ANPG.

No centro desta estratégia está a Sonangol, com um portfólio diversificado de exploração e produção, uma forte aposta em parcerias e uma visão de crescimento que visa desbloquear novas reservas em Angola. Produzindo mais de 200.000 barris por dia (bpd), a petrolífera nacional tem reforçado a sua posição no offshore profundo através de colaborações estratégicas com operadores internacionais.

“As parcerias no sector petrolífero são extremamente importantes. Valorizamos todos os tipos de parceria, porque conseguimos absorver novas tecnologias através delas. Crescemos muito em termos de conhecimento, processamento e actividades relacionadas com a exploração”, afirmou Alda Agostinho, Directora de Exploração da Sonangol.

A estratégia da ANPG já apresenta resultados visíveis, com grandes operadoras a alcançarem importantes marcos de produção nos últimos meses. Em 2025, a TotalEnergies colocou em operação 60.000 bpd adicionais e lidera o primeiro grande desenvolvimento em águas profundas da Bacia do Kwanza – o projecto Kaminho. A empresa também assinou um acordo com a ExxonMobil para avaliar as Áreas Livres dos Blocos 17/06 e 32/21.  

“Este novo acordo com a ExxonMobil tem como objectivo optimizar as instalações existentes através do recurso a equipas técnicas e a mais tecnologia. Sabemos quais são os prospectos e queremos usar novas ferramentas para identificar reservas ainda por explorar. Os resultados que estamos a obter vão dar mais clareza à equipa para procurar mais petróleo”, destacou Rui Rodrigues, Director de Activos do Bloco 20 da TotalEnergies.

A Chevron também reforçou a sua presença no offshore profundo angolano, procurando aumentar recursos em áreas já comprovadas. Em 2024, assinou Contratos de Serviços de Risco para os Blocos 49 e 50, em águas ultraprofundas da Bacia do Baixo Congo, além de ter prolongado a licença do Bloco 15.

“No Bloco 15, estendemos a licença até 2045, reflectindo o nosso compromisso. Estamos, igualmente, a preparar a próxima fase através dos acordos recentemente assinados para os Blocos 49 e 50. Queremos ser pioneiros no offshore profundo e fortalecer as parcerias de longo prazo em Angola”, afirmou Cesaltino Pedro, SEED & Performance Manager da Chevron.

A ExxonMobil lidera a exploração na Bacia do Namibe – uma das últimas fronteiras inexploradas de Angola, com elevado potencial. “O offshore profundo é arriscado, por isso precisamos de olhar para três factores: pessoas, dados e tecnologia. Investimos em pessoas e no seu desenvolvimento em diferentes bacias e geologias. O acesso a dados e a estudos anteriores é essencial. Se queremos ideias, os dados têm de estar disponíveis. A tecnologia também tem desbloqueado potencial no offshore profundo. Estamos apenas a começar a compreender o que a inteligência artificial pode fazer por nós”, explicou Richard Barke, Director de Exploração do Atlântico Sul da ExxonMobil.

Com presença em Angola desde a década de 1980, a Oceaneering tem um histórico consolidado na prestação de serviços inovadores ao sector petrolífero. A empresa oferece soluções que vão desde veículos operados remotamente e operações à distância até serviços de mergulho, integridade e inspecção de activos, gestão de embarcações, engenharia, maquinaria e fabrico.

Segundo Leo Granato, Vice-Presidente Sénior de Gestão de Integridade e Soluções Digitais da Oceaneering, a aposta é clara: “Estamos focados em mais dados, mais inteligência artificial e machine learning, para podermos tomar decisões mais rápidas, chegar a conclusões e planear melhor os nossos investimentos.”

 

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