Apesar de ser um mercado de petróleo e gás largamente estabelecido, Angola oferece oportunidades de fronteira para investidores e promotores de projectos, especialmente na sua área onshore. Isto faz com que o país seja uma oportunidade de investimento estratégico, destacando o potencial para descobertas de abertura de play-opening e desenvolvimento de projectos a longo prazo. Um painel de discussão - intitulado Frontier Exploration: Traçando Novos Caminhos para o Investimento - durante a conferência Angola Oil & Gas (AOG), que se realiza nos dias 2 e 3 de outubro em Luanda, irá traçar o mapa deste potencial. Oradores de alguns dos maiores operadores e empresas de gestão de dados do país partilharão a sua visão sobre a exploração de fronteira em Angola e sobre a forma como o país oferece novos caminhos para o investimento.

A AOG é o maior evento de petróleo e gás em Angola. Realizado com o total apoio do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás; da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis; do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo; da empresa petrolífera nacional Sonangol; e da Câmara Africana de Energia; o evento é uma plataforma para a assinatura de acordos e para o avanço da indústria angolana de petróleo e gás. Para patrocinar ou participar como delegado, por favor contacte [email protected].

Embora cerca de 75% da produção petrolífera do país provenha do offshore, a área de águas rasas e profundas de Angola contém bacias inexploradas que se destacam como oportunidades de investimento de fronteira. A bacia do Namibe, por exemplo, é uma das maiores áreas de fronteira prospetiva remanescente para a exploração de petróleo e gás no país. Apoiada por mais de 12 000 km² de levantamentos 3D multicliente e trabalho de modelação da bacia, a bacia do Namibe surgiu como uma oportunidade de investimento atractiva. Em 2023, a ANPG assinou uma adenda aos blocos 30, 44 e 45 na bacia para tornar a exploração mais competitiva. Com melhores condições fiscais, a grande empresa de energia ExxonMobil deu início a um programa de exploração de 200 milhões de dólares na bacia, que poderá levar a um investimento de até 15 mil milhões de dólares por parte da empresa, após resultados de perfuração positivos.

Em terra, o país está a assistir a um renascimento da exploração, com a empresa de energia Corcel a anunciar em 2023 que o poço TO-14 no Bloco KON-11 revelou indícios positivos de hidrocarbonetos. Embora a produção inicial de petróleo em Angola tenha sido alcançada em terra, décadas de inatividade sublinharam o potencial que a área em terra ainda pode conter. Para atrair o investimento em terra, a ANPG concluiu a sua mais recente ronda de licenciamento em janeiro de 2024, com 12 blocos em terra em oferta nas bacias do Baixo Congo e do Kwanza. O facto de terem sido apresentadas até 53 propostas demonstra o nível de interesse no mercado onshore fronteiriço de Angola.

Neste contexto, o painel de discussão do AOG 2024 irá analisar o potencial de petróleo e gás de Angola, oferecendo aos participantes uma visão crucial dos blocos estratégicos e das condições de investimento. Os oradores da ANPG e da ExxonMobil serão acompanhados por oradores da TotalEnergies, a maior empresa de energia independente ReconAfrica e a empresa de geociências e tecnologia Shearwater. O debate constitui um ponto de partida essencial para a assinatura de acordos.

Para mais informações sobre o programa AOG 2024, visite https://angolaoilandgas.com/attend/conference-program.