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04 de setembro de 2025

AOG 2025: ARDA defende harmonização entre os sectores upstream e downstream

AOG 2025: ARDA defende harmonização entre os sectores upstream e downstream
A African Refiners & Distributors Association (ARDA) defendeu a necessidade de harmonização entre os sectores upstream e downstream africanos, como forma de garantir a segurança energética no continente.

Durante a Conferência e Exposição, em Luanda, Anigobr Kragha, Secretário-Executivo da ARDA, destacou a urgência de reforçar a capacidade de refinação e de importação, face à insuficiência estrutural de capacidade instalada em África.

“O futuro do nosso sector upstream é promissor, mas os investimentos no downstream não estão a acompanhar esse ritmo. Estamos focados na segurança energética, em combustíveis mais limpos para transporte e cozinha, e em soluções mais eficientes de armazenamento e distribuição”, afirmou Kragha.

Em Angola, projectos-chave em curso incluem as refinarias de Cabinda, Soyo e Lobito, que deverão estar operacionais em 2025, 2026 e 2027, respectivamente. Com estas infraestruturas, o país pretende atingir mais de 400.000 barris por dia de capacidade de refinação. Estes avanços foram sublinhados no painel "Rumo a um Futuro Energético Seguro: Acelerar o Desenvolvimento do Downstream para Responder à Procura do Mercado", patrocinado pela FAMAR. 

O Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP) aproveitou, igualmente, a plataforma da AOG 2025 para apresentar a sua estratégia de expansão da capacidade de refinação e de armazenamento de combustíveis. Segundo o instituto, Angola irá aumentar a capacidade operacional nas instalações do Lobito e Namibe até 2027, estando previstas novas infraestruturas em Cabinda, Soyo e Moxico.

“O nosso objectivo é melhorar o enquadramento regulatório, de forma a atrair mais investimento para Angola do que nunca”, declarou António Feijó, Director-Geral Adjunto do IRDP.

Complementando o sector downstream nacional, a FAMAR, empresa de serviços de bunkering e marítimos, desempenha um papel central na distribuição e comércio de produtos e serviços petrolíferos em Angola. A companhia está a modernizar as infraestruturas portuárias com soluções integradas de armazenamento, gestão de combustíveis e reparação naval.

“No que toca à distribuição e ao abastecimento offshore, a eficiência e a fiabilidade nunca foram tão críticas. Por isso, criámos um programa de armazenamento para apoiar toda a cadeia de valor do petróleo e gás em Angola”, explicou Ruis Morais, Administrador da FAMAR.

Por sua vez, Kevin Dadzie, Director Regional de Refinação e Comércio de Produtos – Europa e África, da bp, afirmou que “estão a ser feitos grandes investimentos em refinarias, infraestruturas e comércio. Estes são os pilares centrais de crescimento do sector.”

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