AOG 2025 explora o papel dos 'campeões nacionais' no futuro do petróleo e do gás em Angola
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“Como Angola, alcançámos o objectivo de 50 anos de independência. O desafio daqui em diante é desenvolver a capacidade local. Estamos a fazer tudo o que podemos para reforçar a capacitação nacional na indústria. O objectivo é deixar um legado para a próxima geração e fortalecer a nossa economia”, afirmou Estanislau Baptista, CEO da Petrofund.
Prestadores de serviços e empresas angolanas já estão a consolidar o seu espaço no sector, posicionando-se como parceiros estratégicos e fornecedores preferenciais para operadores internacionais. Ainda assim, persistem desafios.
Segundo Helena dos Santos, Directora de Recursos Humanos da Algoa Cabinda, “Os desafios que enfrentamos envolvem o desenvolvimento de capital humano. Precisamos de planos de carreira, de coaching e de formação contínua. Muitas vezes, a formação termina nos níveis de entrada por falta de consistência em projectos de longo prazo. Angola tem feito progressos significativos. Mas precisamos garantir que não perdemos os técnicos altamente qualificados. Não se trata apenas de transferir conhecimento, mas de dar confiança aos jovens angolanos para ocuparem cargos de liderança na indústria.”
Políticas robustas de conteúdo local e o compromisso das empresas internacionais em trabalhar com parceiros nacionais serão fundamentais para ultrapassar estes desafios. Para Francisco Monteiro, CEO da Brimont, Angola tem sido bem-sucedida no planeamento, sobretudo no que diz respeito ao conteúdo local, ao desenvolvimento do sector e aos investimentos de longo prazo. Contudo, é necessário transformar planos em acções concretas: “Temos capacidade de planear. Precisamos de implementar. Precisamos de responder ao que planeamos fazer.”
A ambição será determinante para o futuro dos 'campeões nacionais'. Ulanga Gaspar-Martins, CEO da Poliedro, destacou: “Temos a lei do conteúdo local, uma estratégia agressiva da ANPG e bancos que estão a adaptar-se às necessidades da indústria. Tudo começa com a ambição das empresas nacionais em desempenhar um papel maior no sector.”