No painel "Impulsionar a Mudança: O Poder Transformador da Mentoria para Mulheres na Indústria do Petróleo e Gás", realizado durante a Conferência e Exposição Angola Oil & Gas (AOG) 2025, foi sublinhado como a mentoria não só molda carreiras individuais, mas também impulsiona o progresso em todo o sector.

“A mentoria faz a ponte entre o potencial e a oportunidade. Ao orientar mulheres para áreas especializadas como a cadeia de fornecimento e a engenharia, criamos caminhos que fortalecem toda a indústria”, afirmou Andreia Prata, Gestora de Supply Chain da ExxonMobil Angola.

A sessão destacou que a mentoria já não é uma actividade periférica, mas sim uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de liderança, a diversidade da força de trabalho e a resiliência do sector. Foi ainda referido que o impacto destes programas está a remodelar a cultura corporativa e a reforçar a posição de Angola como referência na promoção da inclusão de género no sector energético.

“Cada mentorada que se torna líder é prova da evolução da indústria”, destacou Katila Tati, Directora-Geral da Afentra em Angola.

 A partir desta perspectiva, o painel debateu como a mentoria contribui não apenas para o crescimento técnico, mas também para o empoderamento pessoal. Mulheres em cargos de liderança estão a desafiar percepções ultrapassadas, gerando efeitos multiplicadores em equipas e organizações.

“Enquanto líderes, temos a responsabilidade de preparar a próxima geração. A mentoria equipa as mulheres com as ferramentas necessárias para inovar e sustentar o futuro do petróleo e gás em Angola”, afirmou Janice Milagre Faria, CEO da prestadora de serviços energéticos Enagol.

A discussão abordou ainda a importância da mentoria para a sustentabilidade de longo prazo da indústria. A transmissão de conhecimento e experiência entre gerações está a preparar o sector para futuras transições relacionadas com a procura de energia, avanços tecnológicos e novas expectativas da força de trabalho.

“Quando as empresas integram a mentoria na sua cultura, desbloqueiam valor exponencial. Promovem diversidade, aumentam o desempenho e garantem que as mulheres não são apenas participantes, mas também decisoras”, concluiu Florinda Oliveira, Directora Regional de Recursos Humanos – Angola, África Central e Oriental, na SLB.