Sonangol vai perfurar poço de exploração no Bloco 24
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Durante um diálogo informal que decorreu AOG 2025, Gaspar Martins destacou que a companhia mantém o compromisso de investir no sector de upstream, aproveitando o capital gerado por estes projectos para apoiar o desenvolvimento da cadeia de valor petrolífera em Angola.
“Até 2019, tínhamos o papel de concessionária, hoje desempenhado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. Libertando-nos dessa função, posicionámos a Sonangol como uma empresa capaz de deter participações em cerca de 41 concessões. Continuamos focados na exploração e produção de petróleo e gás. Isto permite-nos impulsionar o desenvolvimento de outros sectores. Vamos perfurar um poço de exploração no Bloco 24, que nos trará reservas adicionais. Continuaremos a ser o maior investidor do sector petrolífero em Angola”, indicou Gaspar Martins.
A Sonangol continua, igualmente, a impulsionar projectos ambiciosos no sector downstream. Em 2025, a empresa iniciou operações na Refinaria de Cabinda, cuja primeira fase acrescentou 30.000 barris por dia ao mercado. Paralelamente, está a investir em infraestruturac downstream, logística e transporte, com o objectivo de posicionar Angola como um hub petrolífero regional.
“Estamos presentes em toda a cadeia de valor do petróleo e gás. Isto significa que, ao longo dos últimos 50 anos, servimos o país distribuindo produtos petrolíferos, vendendo ao mercado internacional com meios próprios. Operamos cerca de 12 navios e prestamos apoio logístico a toda a indústria petrolífera”, acrescentou o PCA da Sonangol.
Para além dos investimentos em upstream, a Sonangol tem desempenhado um papel central no desenvolvimento do capital humano nacional, através de parcerias e iniciativas que fortalecem competências, promovem a transferência de tecnologia e incentivam a participação local no sector. Entre os programas de destaque está o SonaJovem, que visa introduzir 50 startups de elevado impacto no mercado angolano, bem como os acordos celebrados com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, que apoiam o aproveitamento dos recursos naturais através da investigação conjunta, intercâmbio de conhecimento e mentoria académica.
“Somos também uma empresa com responsabilidade no desenvolvimento da nossa juventude. O SonaJovem servirá para apoiar o crescimento de jovens empreendedores no setor petrolífero. De 18.000 candidatos, selecionámos 6.000. Temos 150 jovens em incubação, com o objectivo de se tornarem futuros empresários”, concluiu Gaspar Martins.