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04 de setembro de 2025

AOG 2025: TotalEnergies vai perfurar um poço de exploração por ano em Angola

AOG 2025: TotalEnergies vai perfurar um poço de exploração por ano em Angola
Martin Deffontaines, Director-Geral da TotalEnergies Angola, anunciou que a empresa pretende perfuração de um poço de exploração por ano em Angola, como parte da estratégia para inverter o declínio natural da produção. A declaração foi feita durante a Conferência e Exposição Angola Oil & Gas (AOG) 2025.

Sendo um dos maiores produtores de petróleo do país, a TotalEnergies tem enfrentado declínios naturais nos campos maduros. Para responder a este desafio, a empresa está a reinvestir na integridade dos poços nos ativos existentes e a lançar novos programas de exploração.

“O nosso principal desafio é manter e aumentar a produção. Temos instalações a aproximar-se dos 20 a 25 anos de vida útil de projecto, como Girassol e Dália. A seguir, será a vez do PAZFLOR e do CLOV. Manter a integridade dos poços é o primeiro desafio. Outro desafio é a exploração, para trazer novos projectos, acrescentar produção e travar o declínio. Estamos a perfurar um poço de exploração por ano, o que nos ajudará a aumentar a produção”, explicou Deffontaines.

A TotalEnergies tem reforçado a sua posição como um dos maiores produtores de Angola através de grandes projectos offshore. Em 2025, a empresa acrescentou 60.000 barris por dia à produção nacional com a entrada em operação dos projetos Begónia e CLOV Fase 3, que deram um impulso necessário à capacidade de produção do país. O Begónia destacou-se como o primeiro desenvolvimento interbloco em Angola, evidenciando o valor das sinergias na exploração offshore.  

Já o CLOV Fase 3, localizado no Bloco 17, mostrou o potencial adicional dos campos em produção. Composto por quatro poços submarinos ligados à FPSO CLOV, o projecto aumentou a capacidade do bloco. Este marco ocorreu após a TotalEnergies e os seus parceiros terem garantido a extensão da licença do bloco até 2045, prolongando a vida útil da FPSO Dália.

“Acabámos de celebrar a entrada em operação de dois projectos em 2025. O primeiro é o Begónia, e fiquei impressionado com o nível de compromisso de todas as partes envolvidas. Outro exemplo é o Kaminho – um projecto de 6 mil milhões de dólares que conseguimos viabilizar graças aos nossos parceiros”, acrescentou Deffontaines.

Para o futuro, a TotalEnergies mantém o objectivo de aumentar ainda mais a produção nacional, tendo o projecto Kaminho como prioridade estratégica. Após a decisão final de investimento em 2024, o projecto – o primeiro grande desenvolvimento em águas profundas na Bacia do Kwanza offshore – deverá entrar em produção em 2028.

Para além do petróleo e gás, a TotalEnergies está a reforçar o conteúdo local através de programas de capacitação de jovens e mulheres em Angola. Deffontaines salientou que, perante os desafios globais da transição energética, a inovação e o envolvimento das novas gerações serão determinantes: 

“Precisamos que os jovens estejam connosco, como protagonistas da transição – e não contra o petróleo e gás.”

Com este objectivo, a empresa tem em curso vários programas. Actualmente, apoia 30 jovens angolanos na sua primeira experiência profissional. Em 2024, lançou um programa dirigido a mulheres, proporcionando oportunidades a 24 jovens recém-formadas em áreas técnicas como perfuração e operações de campo. Hoje, a TotalEnergies já conta com a sua primeira gestora de campo mulher no PAZFLOR.

Estas iniciativas reflectem o compromisso da TotalEnergies em Angola: criar valor a partir dos recursos petrolíferos e, ao mesmo tempo, investir no desenvolvimento de competências e na formação de capital humano.

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