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03 de outubro de 2024

ASSEA lança "Ação para 20%" Iniciativa de conteúdo local

ASSEA lança "Ação para 20%" Iniciativa de conteúdo local
A Associação de Empresas Autónomas para a Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA) lançou uma iniciativa para aumentar a capacidade local no sector do petróleo e gás do país para 20%. A iniciativa "Ação para 20%" da associação serve como estratégia para direcionar o investimento estrangeiro para o conteúdo local, através da integração de empresas angolanas e do desenvolvimento do capital humano no país.

O anúncio foi feito pela Presidente da ASSEA, Berta Issa Conde, durante um painel de discussão na conferência Angola Oil & Gas (AOG) 2024 deste ano, em Luanda, a 3 de outubro. Patrocinada pela instituição financeira angolana BCS, a sessão intitulada Empowering Angolan Talent: Estratégias de Conteúdo Local para Desbloquear o Capital Humano de Angola explorou a forma como as empresas locais estão a impulsionar a exploração e produção, ao mesmo tempo que capacitam as comunidades locais e promovem o crescimento económico.

"O executivo angolano tem-se empenhado em criar um ambiente de negócios competitivo para as empresas com bons incentivos fiscais, pelo que as empresas internacionais devem ter o incentivo para desenvolver empresas locais", afirmou Conde.

Entretanto, em nome da Associação das Empresas Contratadas da Indústria Petrolífera de Angola (AECIPA), sediada em Luanda e sem fins lucrativos, o presidente da organização, Bráulio de Brito, sublinhou que a melhoria do processo de tomada de decisões no sector do petróleo e do gás está preparada para melhorar o processo de implementação do conteúdo local no país.

"O processo é positivo e eficiente, mas temos de trabalhar mais para que este conceito de melhoria seja uma realidade e se torne um bom processo e dê os enquadramentos necessários para que as empresas incentivem o desenvolvimento de conteúdos locais", afirmou de Brito.

Durante a sessão do painel, foi referido que Angola tem um défice de 98% em termos de empresas locais que operam no sector do petróleo e do gás do país. Espera-se que os apelos à melhoria das capacidades angolanas resultem na estabilidade da produção de petróleo e gás, diminuindo simultaneamente a dependência excessiva da comunidade internacional para manter os padrões de produção.

"Precisamos de uma política de conteúdo local forte que nos permita colmatar este défice estrutural", afirmou o diretor-geral da KAESO Energy Services, Jorge de Morais, acrescentando: "Precisamos de colmatar o défice de emprego e temos de convencer as pessoas de que o conteúdo local está alinhado com o interesse do país e o interesse da indústria."

Prevê-se que o sector upstream de Angola cresça 1,5% entre 2022 e 2027, impulsionado pelo pipeline de projectos do país e pela ronda de licenciamento de seis anos. Simultaneamente, as políticas proactivas de conteúdo local abriram caminho a uma maior participação dos prestadores de serviços angolanos, conduzindo a maiores oportunidades de desenvolvimento económico.

Como tal, a Angola Environmental Serviços Presidente Matuzalem Sukete, liderada pelo governo, explicou o compromisso do país com o capital local. "Estamos empenhados em desenvolver a capacidade angolana para responder a todas as necessidades da indústria", afirmou Sukete.

Entretanto, foi referido durante a sessão do painel que os programas de estágio estão preparados para acomodar o emprego dos jovens no sector angolano do petróleo e gás. Foi também referido que, em termos de capital humano, o sector precisa de facilitar as condições para que as mulheres integrem os departamentos operacionais e de gestão da indústria.

"O nosso compromisso mantém-se com a qualidade e a segurança que o sector exige", afirmou o fornecedor de serviços angolano Sonils Strategy and Corporate Governance Manager Pedro Oliveira, acrescentando: "Isto abre uma oportunidade para muitos intervenientes trabalharem connosco e constitui uma grande oportunidade para o conteúdo local."

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