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02 de setembro de 2025

CITAC apela ao reforço de planeamento e investimento no midstream e downstream africano

CITAC apela ao reforço de planeamento e investimento no midstream e downstream africano
A empresa de consultoria especializada CITAC destacou as necessidades urgentes de infraestrutura midstream e downstream em África como uma oportunidade para dinamizar o investimento, o planeamento e a logística em todo o sector, ao mesmo tempo que responde à crescente procura energética no continente.

Na véspera da AOG 2025, Elitsa Georgieva, Directora Executiva da CITAC, sublinhou que a procura de petróleo em África duplicou desde 2000, atingindo 201 milhões de toneladas – o equivalente a 4,4 milhões de barris/dia – em 2023, o que representa um crescimento anual de 2,2%.

Segundo Georgieva, que interveio na sessão “Necessidades e Desenvolvimentos de Infraestruturas Midstream e Downstream na África Subsariana” – patrocinada pela CITAC –, o Norte de África registou o crescimento mais expressivo, com 5,8%, alcançando 86,8 milhões de toneladas, impulsionado sobretudo pela procura de jet fuel e fuelóleo.

Apesar desta expansão, a produção das refinarias africanas caiu mais de 25% na última década, com as refinarias da África Ocidental e Central a cobrirem apenas 15% da procura local. Este desequilíbrio entre produção e consumo reforça a dependência de importações e expõe as cadeias de abastecimento a riscos acrescidos.

A mesma responsável apontou ainda desafios sistémicos, incluindo portos de calado reduzido, congestionamento nos terminais, reduzida capacidade de tanques e redes limitadas de oleodutos já a operar no limite da sua capacidade. Actualmente, 83% dos produtos petrolíferos são transportados por estrada, o que provoca atrasos, custos elevados de transporte e vulnerabilidade e falhas em pontos únicos da cadeia.

“O mais importante para o futuro é o planeamento, a logística e o investimento em infraestruturas. É isso que vai impulsionar a procura de produtos”, afirmou Georgieva, acrescentando: “Identificámos três grandes motores: crescimento económico, crescimento populacional e padrões de urbanização, e a transição energética".

A responsável concluiu a apresentação sublinhando que, com o acelerar da procura e a capacidade de refinação em atraso, multiplicam-se as oportunidades de investimento em instalações de armazenamento, oleodutos, terminais e refinarias modernas.

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