CITAC Apresenta Perspectiva Positiva para o Sector Downstream Africano
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A empresa de consultoria especializada CITAC Africa apresentou uma perspectiva para a indústria de petróleo e gás nos sectores midstream e downstream do continente – prevendo que o crescimento recupere para 1,9% ano a ano em 2024. A indicação foi proferida, esta terça-feira, durante as sessões de workshops da pré-conferência da Angola Oil & Gas na terça-feira.
A empresa de consultoria especializada CITAC Africa apresentou uma perspectiva para a indústria de petróleo e gás nos sectores midstream e downstream do continente – prevendo que o crescimento recupere para 1,9% ano a ano em 2024. A indicação foi proferida, esta terça-feira, durante as sessões de workshops da pré-conferência da Angola Oil & Gas na terça-feira.
Liderado pela Directora Executiva da CITAC Africa, Elitsa Georgieva, o workshop destacou aforma como os principais projectos de refinaria em todo o continente estão a impulsionar uma perspectiva positiva para o sector e o ambiente de comércio. Especificamente, espera-se que as regiões leste e sul de África registem um crescimento da procura de petróleo e gás superior a 2,9% em 2024, enquanto o oeste e centro de África devem crescer 1,4%.
"A região é uma parte integrante da indústria do petróleo e do gás", afirmou Georgieva, acrescentando que "o crescimento da procura de petróleo em África tem sido muito forte nas últimas duas décadas, duplicando desde os anos 2000 em termos de volume".
Foi referido durante a sessão que o petróleo e o gás de África deverão registar um crescimento anual de refinação de 1,7 milhões de toneladas, prevendo-se que a Nigéria tenha um excedente de gasóleo de 2,8 milhões de toneladas até 2026. A apresentação também se centrou na capacidade de refinação de Angola, com o país a preparar-se para aumentar a segurança energética através do desenvolvimento de três novas refinarias - Cabinda, Lobito e Soyo - aumentando a capacidade para 400.000 barris por dia (BPD). A modernização da única refinaria operacional do país, a Refinaria de Luanda, representa outro grande impulso para o sector a jusante de Angola.
Embora o rendimento das refinarias do continente tenha caído para 365 000 BPD no terceiro trimestre de 2023, o sector de refinação da África Subsariana está atualmente a assistir a uma forte recuperação, de acordo com Georgieva. As importações de produtos petrolíferos em todo o continente aumentaram 60% na última década, enquanto o défice líquido de produtos limpos deverá diminuir substancialmente de 78,4 milhões de toneladas em 2023 para 55,9 milhões de toneladas em 2026.
Entretanto, os esforços para maximizar o desenvolvimento dos recursos de petróleo e gás conduziram a uma nova vaga de desenvolvimentos a jusante nos maiores mercados produtores de África. Em julho, a Refinaria Dangote da Nigéria iniciou conversações com os governos de Angola e da Líbia para garantir um fornecimento estável de petróleo bruto para a sua fábrica de processamento de 650.000 BPD.
Num esforço para impulsionar as capacidades downstream do Sudão do Sul, a empresa nacional de petróleo do país, Nilepet, está a apelar aos investidores para garantir financiamento para a conclusão de uma refinaria de petróleo no Bloco 5A. A refinaria proposta deverá duplicar a produção de petróleo do país para 350.000 bpd, enquanto fornece óleo combustível pesado para potenciais mercados no Quénia, Uganda e República do Congo.
A pré-conferência da AOG 2024 decorre hoje em Luanda, servindo como um prelúdio ao programa principal nos dias 2 e 3 de Outubro. O programa da pré-conferência inclui vários workshops técnicos e apresentações que cobrem vários aspectos da cadeia de valor do petróleo e gás em Angola.