Liderança Feminina na AOG 2025: O Papel Transformador das Mulheres no Sector Petrolífero Angolano
)
O painel contou com a participação de Maria Fátima Fernando, Gestora de Bloco da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG); Filomena Oliveira, Membro da Comissão Executiva de Exploração e Produção da Sonangol; Deise Vilarinho Bernardo, Inspectora-Geral Adjunta do Gabinete de Inspecção do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás; e Katia Epalanga, Administradora Executiva da Sonangol.
As intervenções reflectiram sobre a evolução de um sector historicamente dominado por homens para um espaço mais inclusivo, impulsionado pelo acesso alargado à educação, programas de mentoria direccionados e políticas de promoção da equidade de género. Actualmente, mulheres lideram activamente áreas técnicas, operacionais e estratégicas — desde a engenharia offshore e gestão de projectos até à governação corporativa e definição de políticas públicas.
“As mulheres provaram que a excelência técnica e a liderança no sector petrolífero não conhecem barreiras de género. Ao abrir mais portas para os jovens profissionais, garantimos um futuro energético mais forte e inclusivo para Angola”, afirmou Maria Fátima Fernando.
As oradoras sublinharam, ainda, que este progresso trouxe novas perspetivas para o sector, enriquecendo os processos de decisão e impulsionando a inovação. Mas reconheceram também os desafios que persistem, incluindo barreiras à progressão na carreira, a conciliação entre vida profissional e familiar e a necessidade de acesso contínuo a formação e oportunidades.
“A diversidade não é um gesto simbólico; é um motor de inovação e resiliência. O sector petrolífero angolano prospera quando as mulheres trazem as suas perspectivas e competências para a mesa de decisões”, acrescentou Filomena Oliveira.
“O nosso papel enquanto mulheres em cargos de liderança é inspirar mudança e, ao mesmo tempo, entregar resultados. Na Sonangol, vemos a liderança feminina como essencial para construir uma empresa energética mais inovadora, responsável e competitiva a nível global”, reforçou Katia Epalanga.
Olhando para o futuro, o sector energético angolano deverá beneficiar de uma nova geração de mulheres a entrar no mercado de trabalho, apoiadas por redes de advocacia mais fortes e programas de capacitação. O painel concluiu que os progressos alcançados ao longo dos últimos 50 anos devem servir de alicerce para acelerar a inclusão de género, garantindo que as mulheres continuam a desempenhar um papel central na transformação da indústria petrolífera do país.
“Os avanços alcançados resultam da educação, da mentoria e da advocacia, mas a jornada está longe de terminar. Temos de continuar a construir sistemas que capacitem as mulheres a liderar em todos os níveis da indústria”, concluiu Deise Vilarinho Bernardo.