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03 de outubro de 2024

Muhatu Energy Mostra o Empoderamento das Mulheres na AOG 2024

Muhatu Energy Mostra o Empoderamento das Mulheres na AOG 2024
O Morais Leitão Legal Circle patrocinou uma mesa-redonda sobre o tema “Navegando para o Futuro: Mulheres a Conduzir a Evolução do Petróleo e Gás em Angola”.

Angola está a liderar o caminho para uma indústria de petróleo e gás mais inclusiva. Durante a conferência Angola Oil & Gas 2024, uma discussão sobre o tema “Navegando para o Futuro: Mulheres a Conduzir a Evolução do Petróleo e Gás em Angola” destacou as acções que o governo e as empresas têm levado a cabo para criar uma indústria mais inclusiva no país. A sessão foi patrocinada pelo Morais Leitão Legal Circle.Para promover a participação, melhorar a educação e criar oportunidades para as mulheres na cadeia de valor do petróleo e gás em Angola, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás definiu metas claras de inclusão. Estas metas estabelecem acções concretas e mensuráveis que as partes interessadas e as empresas do sector podem aplicar para aumentar a inclusão e o acesso ao mercado.

De acordo com Maria Eugénia Furtado, Inspetora-Geral Adjunta do Ministério, “o governo angolano definiu objectivos para alcançar as metas estabelecidas pelas Nações Unidas. Este compromisso foi consolidado no Plano Nacional de Desenvolvimento, segundo o programa de igualdade de género. Na nossa indústria, este plano traduz-se em oportunidades de qualificação e programas de capacitação para mulheres, distribuídas por diferentes departamentos do sector.”

Para além da política nacional, redes lideradas por mulheres, como a Muhatu Energy – uma plataforma criada para promover oportunidades para mulheres no sector de hidrocarbonetos em Angola – apoiam a educação e a mentoria. Nicola Mvuayi, Administradora Executiva da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, afirmou que “a Muhatu não promove apenas mulheres, mas também está alinhada com objectivos de sustentabilidade. Queremos navegar no futuro com mulheres a liderar o navio do petróleo e gás em Angola. Queremos mudar a percepção e a realidade das mulheres na indústria”.

Reforçando estas declarações, Kátia Epalanga, Membro do Conselho de Administração da Sonangol, disse que “esta rede de mulheres foi criada para que a Sonangol pudesse responder às necessidades da indústria. Temos de parar com estas narrativas de que as mulheres não podem estar em rotação. Podemos trabalhar em diferentes níveis da cadeia de valor. Perfurar, sim, mas com mulheres a bordo”.

A nível local, empresas activas em Angola já estão a promover a inclusão através de programas e parcerias. Berta Issa Conde, Presidente da ASSEA, referiu que “a ASSEA tem programas importantes para a inclusão e o empoderamento das mulheres na indústria. Constatámos que as mulheres nem sempre têm oportunidades, especialmente nas áreas técnicas. Criámos um programa, composto por estágios profissionais, que permite às jovens mulheres participarem na indústria.”

De igual modo, a Chevron e a Equinor têm em execução programas para enfrentar o desafio da desigualdade no local de trabalho. Billy Lacobie, Director Executivo da Unidade de Negócios Estratégicos da África Austral na Chevron, partilhou a visão da empresa sobre as suas iniciativas.

“Temos um programa na Chevron chamado MARC – Homens Defendem uma Mudança Real. Este programa é criado para que homens e mulheres possam participar. Cria um ambiente seguro para pequenos grupos de cerca de dez funcionários partilharem abertamente as suas experiências. As mulheres partilham os desafios que enfrentaram. Quando se começa a entender a perspectiva dos outros, provocam-se mudanças”.

Para a Equinor, a Directora-Geral da empresa em Angola, Ane Aubert, destacou que a empresa está “constantemente a construir uma pipeline de mulheres na empresa. Metade da equipa de gestão local são mulheres, como a Chefe de Finanças, a Chefe do Departamento Jurídico, a Chefe de Recursos Humanos e, a partir do próximo ano, o nosso segundo maior activo será gerido por uma jovem angolana.”

Para além dos programas para mulheres na indústria, há iniciativas em vigor no sector da educação que permitem às mulheres progredir no seu desenvolvimento profissional. Filipa Vilhena, Vice-Presidente da AECIPA, explicou que “em Angola, temos bons exemplos de mulheres em posições de liderança e técnicas. Independentemente das oportunidades, nem sempre é fácil para os recém-formados. Temos diferentes parcerias e estágios em curso e estamos a trabalhar com instituições para enfrentar os desafios da indústria.”

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