Namíbia destaca valor da colaboração com Angola na AOG 2025
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“Hoje, como nações independentes, voltamos a estar juntas, desta vez não no campo de batalha da libertação, mas na vanguarda do desenvolvimento energético”, afirmou Shino. “Tal como Angola celebra com orgulho os seus 50 anos de independência, a Namíbia prepara-se para celebrar a sua própria caminhada de soberania e de desenvolvimento energético.”
O meio século de produção petrolífera de Angola oferece ensinamentos críticos para países emergentes como a Namíbia, onde importantes descobertas offshore posicionaram o país à beira de uma transformação. Ainda assim, Shino frisou que os hidrocarbonetos, por si só, não garantem desenvolvimento inclusivo. “As políticas que adoptarmos, as parcerias que fomentarmos e as estratégias que seguirmos determinarão se os nossos recursos serão uma bênção para todos ou uma oportunidade perdida”, acrescentou.
Namíbia e Angola partilham não apenas fronteiras, mas também semelhanças geológicas nas suas bacias offshore. Esta realidade cria uma base natural para uma cooperação mais estreita em áreas como alinhamento de políticas, transferência de competências, desenvolvimento empresarial e integração regional.
Segundo a mesma responsável, “a Namíbia pode aprender com as décadas de experiência de Angola no desenho de regimes fiscais, legislação de conteúdo local e estruturas de governação. As instituições, universidades e centros de formação angolanos podem apoiar a Namíbia na capacitação de engenheiros, geocientistas e técnicos. As PME namibianas podem colaborar com fornecedores angolanos já estabelecidos para se integrarem na cadeia de valor regional. Ao alinharmos infraestruturas, portos, oleodutos e redes de energia, poderemos construir um mercado energético mais integrado e resiliente.”
O conteúdo local continua no centro da estratégia petrolífera da Namíbia. Shino enfatizou que as receitas do petróleo e gás devem circular dentro da economia, capacitando pessoas, empresas e instituições, em vez de fluírem para fora. “A nossa visão é garantir que a riqueza gerada pelos recursos petrolíferos não deixe apenas plataformas e memórias, mas desenvolvimento duradouro e prosperidade.”
Ao reforçar a colaboração entre Angola e Namíbia, ambos os países poderão impulsionar não apenas o desenvolvimento dos seus recursos de petróleo, gás e energia, mas também o crescimento mais amplo das suas economias.