Presidente João Lourenço abre AOG 2025 com visão para os próximos 50 anos de crescimento em Angola
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“O sector petrolífero tem sido determinante para o crescimento do nosso país. A exploração e produção de recursos naturais contribuíram para a melhoria das condições de vida do povo angolano. Angola oferece condições de investimento que garantem estabilidade contratual, segurança jurídica e durabilidade dos investimentos. A cooperação entre o sector público e privado, entre empresas internacionais e parceiros locais, será essencial para alcançarmos as nossas aspirações”, afirmou o Presidente Lourenço.
Realizada no âmbito das comemorações dos 50 anos da independência de Angola, a AOG 2025 reconhece o papel catalisador que o petróleo e o gás tiveram no desenvolvimento do país, constituindo uma plataforma estratégica de parcerias e acordos que lançará as bases para os próximos 50 anos de crescimento.
“Há cinco décadas, o povo angolano lutou pelo seu direito à soberania. Ao longo dos anos, o sector petrolífero foi fundamental para a economia e para o desenvolvimento do nosso país. Este é um momento para celebrarmos, mas também para reflectirmos sobre a forma como podemos usar os nossos recursos de modo mais eficaz, encontrando o equilíbrio entre crescimento económico, justiça social e protecção ambiental”, acrescentou o Presidente.
A conferência decorre num ano marcado por marcos significativos da indústria angolana, num contexto em que as empresas estão a dar passos concretos para aumentar a produção de crude, impulsionar o desenvolvimento de gás não associado e abrir novas fronteiras em toda a cadeia de valor do petróleo e gás. No segmento upstream, Angola iniciou a produção no FPSO Agogo, no campo Begónia e no projecto CLOV Fase 3. Foi anunciada uma descoberta de gás no Bloco 1/14, na Bacia do Baixo Congo, ao mesmo tempo que arrancaram campanhas de exploração em praticamente todas as bacias onshore e offshore do país.
“As nossas acções actuais estão focadas em mitigar o declínio da produção e em manter o volume acima de um milhão de barris por dia. Desde a última conferência, concluímos várias actividades. Iniciámos o projecto Agogo, bem como desenvolvimentos nos blocos 17 e 17/06. Complementam estas iniciativas as campanhas de exploração em novas bacias. Outro projecto de grande importância é o desenvolvimento do Kaminho”, afirmou Diamantino Azevedo, Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola.
No segmento downstream, Angola iniciou a produção na Refinaria de Cabinda a 1 de Setembro de 2025. A unidade acrescenta 30 mil barris por dia na primeira fase, com duplicação prevista na segunda fase. Trata-se da segunda refinaria em operação no país e de um projecto que terá um papel determinante na redução das importações de produtos refinados e no reforço da segurança energética.
“Estamos a prosseguir com o desenvolvimento da refinaria do Lobito, ao mesmo tempo que avaliamos a viabilidade do projecto do Soyo. Estas iniciativas posicionam Angola como um novo centro regional de refinação. Melhorámos também a legislação relativa à participação local na indústria. O compromisso é alargar parcerias e criar valor para o povo de Angola”, acrescentou o ministro.