A SAOGA vai organizar uma visita da indústria a Angola durante a AOG 2025
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A Associação de Petróleo e Gás da África do Sul (SAOGA) organizará uma visita de empresas a Angola em 2025, trazendo até 30 empresas sul-africanas para explorar oportunidades de investimento no país. Adrian Strydom, CEO da SAOGA, anunciou que o objectivo da visita é promover a colaboração entre empresas angolanas e sul-africanas ao longo da cadeia de valor do sector de petróleo e gás.Durante o painel, patrocinado pelo Dubai Investments Park na conferência Angola Oil & Gas 2024, Strydom partilhou que visitas semelhantes já foram realizadas em outros países da região, incluindo a Namíbia e a Tanzânia. A visita ao sector visa promover o acesso ao mercado para as empresas sul-africanas, ao mesmo tempo que abre caminho para a partilha de conhecimento no sector de petróleo e gás.<br>
“Na SAOGA, conectamos os nossos membros a oportunidades e conhecimento. Assim, estamos a analisar os desenvolvimentos regionais e a avaliar o que podemos fazer para apoiar esses países. Se Angola ganhar, a região ganha. A partir dessa perspetiva, incentivamos os nossos membros a colaborar e a criar redes,” afirmou.
Angola ganhou a reputação de ser um mercado fácil para investir. Reformas regulatórias progressistas, fortalecimento dos incentivos fiscais e o foco na promoção de oportunidades de mercado têm conduzido a uma forte actividade nos últimos meses. Embora as grandes empresas energéticas sejam responsáveis pela maioria da produção de petróleo e gás, o país oferece perspectivas estratégicas para empresas independentes de exploração e produção (E&P) que procuram altos retornos num mercado estabelecido.
Entretanto, a Red Sky Energy classificou Angola como um mercado particularmente atractivo. O CEO da empresa, Andrew Knox, afirmou durante o painel que a empresa está interessada em oportunidades não operadas no país, com foco em integrar-se num bloco já em produção.
“Estamos a procurar diversificar e mitigar os riscos da nossa base de activos. Angola é muito acolhedora para o sector de petróleo e gás, e é por isso que estamos a olhar para aqui. Há um grande fluxo de negócios e oportunidades – não só na frente da exploração, mas também para adquirir participação em produções existentes. Há movimento e campos que não foram trabalhados ou desenvolvidos e que são, certamente, bons para nós. Existe um bom conteúdo local, oportunidades de integração vertical a jusante. Estamos focados em Angola neste momento,” sustentou.
Reiterando a actratividade de Angola, Tim O’Hanlon, Conselheiro Sénior da Panoro Energy, enfatizou os benefícios de investir num mercado maduro como o de Angola. A produzir desde os anos 1960, Angola tem uma vasta experiência em exploração e produção, com um leque diversificado de empresas a operar no mercado.
“Os veteranos que produzem há mais de 50 anos são um prazer para fazer negócios. Eles entendem o lado dos investidores nas discussões. Angola é um exemplo perfeito disso, e estão a fazer tudo certo para enfrentar o declínio na produção e incentivar as empresas a fazer negócios. Quando és uma empresa menor, não tens de estar em todo o lado como as grandes empresas. Tens de analisar se o local é bom para fazer negócios, além do potencial geológico. Este é o caso de Angola,” comentou O’Hanlon.