Os Serviços Integrados de Logística da Sonangol (SONILS) anunciaram que irão apoiar clientes locais, regionais e internacionais para melhorar a produção de petróleo em Angola. Com o lançamento da próxima ronda de licenciamento upstream do país no primeiro trimestre de 2025, a SONILS apoiará a produção de petróleo através de serviços relacionados com o manuseamento de carga, engenharia, desenvolvimento e aluguer de instalações especializadas para petróleo e gás.O anúncio foi feito durante uma sessão técnica na conferência Angola Oil & Gas (AOG) 2024, realizada em Luanda, no dia 3 de outubro. Patrocinada pela SONILS, a sessão técnica foi intitulada “Impulsionar a Eficiência no Transporte e Logística”.<br>

"Muitas das nossas operações ocorrem em torno dos portos de Angola", afirmou Joaquim Chipuco, Director-Geral Comercial da SONILS, acrescentando que "hoje, temos projectos que estamos a apoiar e fortalecemos as nossas relações com os nossos clientes para melhorar a produção de petróleo no país."

Como operadora de uma base de fornecimento terrestre próxima da capital, Luanda, a SONILS apoia até 65% da produção diária de petróleo do país. Esta infraestrutura representa uma vantagem significativa para as exportações e para futuros projectos onshore no país.

Entretanto, sobre o facto da previsão de Moçambique poder tornar-se um grande exportador de GNL na próxima década, o painel explorou o valor da colaboração regional na indústria logística no sul de África. Durante o painel, a empresa moçambicana de procurement e logística Nweba destacou o seu compromisso com o desenvolvimento dos sectores regionais de petróleo, gás, mineração e energia, e o papel que desempenha no apoio aos desenvolvimentos energéticos de Moçambique.

“A nível offshore, temos alguma experiência,” afirmou a CEO da Nweba, Eugénia Langa, adiantando que “ainda dependemos da experiência de países vizinhos como Angola. [No futuro] vamos definir as nossas estratégias para fazer parcerias estratégicas com empresas que já operam nesta área, para garantir que temos certificação internacional no sector.”

O painel também analisou o impacto da Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA), que visa criar a maior área de livre comércio do mundo. A AfCFTA tem como objectivo reduzir tarifas entre os países membros, ao mesmo tempo que reformula o mercado africano e as economias regionais, proporcionando oportunidades para que empresas africanas possam entrar em novos mercados, expandir a sua base de clientes e reduzir a lacuna de investimento no continente.

"Os benefícios da Área de Livre Comércio Continental Africana são inúmeros," afirmou Alissa Mangy, Chefe de Projectos Industriais e Assuntos Aduaneiros da empresa global de logística e transporte internacional DHL, vincando que "temos alguns benefícios muito óbvios, como a abertura de mercados de alguns países da região, enquanto se eliminam barreiras tarifárias e não tarifárias de entrada".

No contexto do desenvolvimento de novas fronteiras de petróleo e gás, Angola está posicionada para beneficiar da integração intercontinental, servindo como um potencial hub logístico e de infraestrutura para exportadores regionais.

No contexto do desenvolvimento de novas fronteiras de petróleo e gás, Angola está posicionada para beneficiar da integração intercontinental, servindo como um potencial hub logístico e de infraestrutura para exportadores regionais.

Em linha com o compromisso de Angola com o desenvolvimento humano e a capacitação, o painel também destacou a dedicação do sector à segurança e eficiência no espaço do petróleo e gás. A empresa angolana de gestão logística e cadeia de abastecimento, Cabship, explicou o seu compromisso em avançar na digitalização, diversificação e optimização da prestação de serviços com o objectivo de fortalecer a cadeia de valor logístico em Angola.

“Temos como objectivo criar uma cultura de segurança e eficiência em toda a organização,” afirmou Luis Da Silva, Director-Geral da Cabship, acrescentando: “Estamos na vanguarda desses padrões em Angola”.